Um assunto de família!

Talvez você tenha se atentado a um fato, talvez não: produzir vinho é, muitas vezes, um assunto de família! Por que será que vemos tantas vinícolas familiares?

Diferente de outros mercados, nos quais grandes conglomerados dominam a cena, o mundo do vinho é marcado por produtores familiares, menores ou maiores, mas relativamente pequenos.

Esse é um mercado realmente descentralizado, no qual não existe um poderoso gigante multinacional ditando as regras, como acontece com cervejas ou destilados. Estima-se, na realidade, que existam mais de um milhão de produtores de vinho, espalhados pelo mundo!

E por que será que isso acontece?

Uma das explicações mais plausíveis é que produzir vinho é uma atividade mais relacionada à determinação de longo prazo, a um projeto de vida e de família, do que à elaboração de um plano de negócios que busca rápida rentabilidade para seus investidores.

Cultivar uvas demanda paciência. Produzir bons vinhos também. A semente plantada hoje terá condições de oferecer um bom vinho somente após alguns anos.

Mesmo os produtores de maior porte, pense bem e você verá, estão organizados em torno de um núcleo com origem familiar, mesmo que com raras exceções.

E famílias têm prioridades diferentes dos grandes executivos. Famílias estão dispostas a entregar toda sua energia, trabalhando duro, para deixar um legado para os que virão.

Famílias abrem mão do hoje em função do amanhã.

Famílias são capazes de se realizar com um sonho de uma vida de mais qualidade.

Isso não quer dizer que produzir vinho seja uma atividade que dê prejuízo, longe disso. Mas, certamente, a maioria entra nesse mundo buscando mais realização do que lucratividade.

E essa visão romântica do assunto deixa o vinho, sem dúvida, ainda mais interessante...

Se quiser ler mais sobre como a arte de produzir vinhos passa de pai para filho, clique aqui.




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