Albalonga
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- Categoria: cepas
A diversidade de uvas, na Alemanha, é impressionante. São pelo menos 100 diferentes cepas, que, como costumam dizer, vão de A, de Albalonga, até Z, de Zweigeltrebe. Então, hoje é dia de falar da primeira dessa longa fila!
A Albalonga é uma uva branca, cultivada principalmente em Rheinhessen, a maior região vinícola da Alemanha, que fica a cerca de 50 km de distância de Frankfurt.
Fora da Alemanha, existe uma pequena quantidade dessa uva sendo cultivada no Reino Unido.
Ela foi criada em 1951, pelo Professor Dr. Hanks Breider (1908-2000), enólogo e criador de vinhas que estudou biologia e genética, e que chefiou departamentos de reprodução de videiras em diversas instituições.
Geneticamente, a Albalonga e a Silvaner são variedades muito parecidas, dada a importância da Silvaner na árvore genealógica da Albalonga. A Albalonga é resultado do cruzamento entre as cepas Silvaner e Rieslaner, que por sua vez nasceu do cruzamento da Silvaner com a Riesling.
O nome Albalonga é uma referência à cor dos bagos e ao formato dos cachos dessa variedade. Os bagos, claros, são de tamanho pequeno a médio. Essa é uma cepa que demora a amadurecer, e que precisa ter sua produção controlada, de maneira a garantir a qualidade da colheita.
A notável acidez dessa cepa é também o seu grande trunfo. Ela pode esperar no vinhedo até a máxima concentração de seus açúcares, sem com isso perder a acidez, produzindo assim vinhos equilibrados e longevos.
A Albalonga é bastante utilizada para a produção de vinhos de colheita tardia e de uvas botritizadas. Na verdade, os vinhos elaborados com a Albalonga costumam variar de semi-doces a muito doces, apresentando sempre boa acidez.
Os aromas e sabores da Albalonga costumam remeter a frutas tropicais e a frutos secos, eventualmente com aspectos florais e notas de frutas escuras. Os aspectos florais são mais evidentes nos raros vinhos secos produzidos com essa uva.
Os pares perfeitos para combinar um vinho de sobremesa elaborado com Albalonga são cheesecake, para os europeus, e torta de limão, como fazem os australianos.
Nós, por aqui, podemos muito bem harmonizar esses vinhos tanto com uma opção, como com a outra...
Não parece uma boa ideia?
Para encerrar, se quiser ler mais sobre a produção de vinhos na Alemanha, clique aqui.
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